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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Fato sobre o ambiente que o Ilmo. Ministro Sr. Gilberto Carvalho vai encontrar na questão fundiária do Horto Florestal: Discursos criminosos da Rede Globo, do Alfredo Piragibe Jr. (sócio da My Green, ex presidente da AMAJB e cabeça do movimento “SOS Parque Jardim Botânico”) e Heitor Weigmann Jr. (atual presidente da AMAJB). Reparem bem nesta dupla de juniores: refletiremos muito neste sentido futuramente até mesmo para entender a estrutura de poder instalada no Brasil colônia e pós-colonial que escravizou a assassinou milhares de pessoas nos últimos 500 anos. Aparelhados na AMAJB-Associação de Moradores e Amigos do Jardim Botânico- pela corporação invasora do bairro do Jardim Botânico, a Rede Globo (que manipula a informação descaradamente para se apossar, irregularmente, da região do Horto Florestal, do bairro Jardim Botânico e do Parque do Jardim Botânico do Rio de Janeiro), eles desesperadamente dão entrevistas, sempre compradas, criminalizando os moradores do Horto Florestal publicamente e, que agora, chegaram ao ponto também de tentar desqualificar a posição do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, o Sr. Eduardo Paes, em relação à decisão (certeira!) da prefeitura desta cidade em respeitar o direito de moradia de mais de 520 famílias tradicionais do Horto Florestal e do bairro do Jardim Botânico. São duas figuras, Alfredo Piragibe Jr. e Heitor Wegmann Jr., criadas pela mídia golpista e financiadas para servirem de fantoches de empresas que se interessam em fazer grandes investimentos no bairro mesmo que para isso tenham que retira famílias tradicionais do bairro. Na época em que o Alfredo Piragibe Jr. foi presidente da AMAJB a empresa empreiteira João Fortes conseguiu permissão para a construção de um prédio comercial na área onde funcionava um posto de gasolina quando os moradores do bairro eram contra a construção deste prédio que só virá para descaracterizar ainda mais o nosso bairro. Agora na gestão do Heitor Wegmann, a AMAJB não questiona a construção de mansões em área de risco e da obra da Rede Globo na rua Jardim Botânico onde se encontrou um antigo sítio arqueológico que até agora não temos acesso ao conteúdo dos achados (objetos achados e a idade do sítio) e ainda não falam da obra da Rede Globo na rua Barão de Oliveira Castro onde demataram hectares de mata para a construção de um estacionamento. Falam muito de meio ambiente mas na prática não estão nem aí para a questão histórica e urbanística do nosso bairro, muito menos para o meio ambiente, pois se assim fosse o Alfredo Piragibe Jr. poderia acionar tranquilamente o Partido Verde onde foi candidato a vice prefeito da cidade na chapa da sra. Aspásia Camargo! O atual presidente da AMAJB, pelo menos em seu discurso dado ao jornal O Globo, assumiu que também é favor da retirada de todas as casas do Horto Florestal dentro da área de expansão do IPJB. Ele é a favor de que famílias inteiras do Horto Florestal (idosos, crianças, deficientes), vivam nas ruas, ou debaixo da pilastra do prédio onde ele mora. Um presidente de associação de moradores que não deseja viver com os moradores de seu bairro não poderia estar neste cargo. Sempre lembrando que o Alfredo Piragibe Jr. concorreu contra o atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro - o mesmo prefeito que eles tentam desqualificar tentando usar a mídia golpista para propagar falácias. Representantes do governo que estão dirigindo o IPJB (representantes pra quem? Indicados por quem?) covardemente se vendem ao capital especulativo das grandes empresas que estão infiltradas no Parque, destruindo o Jardim Botânico do Rio de Janeiro pois fazem dele um espaço de exploração comercial com construções como cafés e teatro para atender a demanda desenfreada que somente visa o lucro excluso, sem nenhum benefício para a ecologia dentro ou fora do parque. Um instituto de pesquisas federal não poderia ser instrumento para empresas particulares se beneficiarem de licitações sem nenhum retorno social, positivo, para as pessoas que vivem na região. No nosso caso fazem justamente o contrário financiando cortes irregulares de árvores do parque e tentando passar por cima de vidas humanas e das nossas raízes brasileiras através do financiamento de projetos que desrespeitam o povo brasileiro, o qual eles deveriam prestar contas, e a constituição nacional. Um instituto federal pesquisa não poderia servir de palco para promoção política, particular, como fez a sra. Aspásia Camargo e o Alfredo Piragibe Jr. (então candidatos pelo Partido Verde-RJ à prefeitura do Rio de Janeiro), utilizando do espaço para fazer campanha eleitoral contra os moradores tradicionais locais. A Rede Globo, AMAJB, My Green, IPJB têm o intuito de nos criminalizar para invadir o Horto Florestal e estão utilizando a máquina do Estado para fazer isso, a mesma máquina do Estado que deveria preservar o ecossistema local – e entendamos que a vida humana também faz parte deste mesmo ecossistema. Estamos sitiados e esperamos que o entendimento do Ilmo. Ministro Sr. Gilberto Carvalho seja humanista, de apoio a nossa causa, a causa legítima das famílias de trabalhadores e ex trabalhadores do Parque Jardim Botânico e Parque Nacional da Tijuca e de outros trabalhadores do Horto e do Brasil que dão suas peles, seus suores e os seus sangues para construir um país mais justo, mais forte, mais verde e mais feliz para todos.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Política: uma cidade para os cidadãos.

De dois em dois anos temos eleições regionais e gerais no Brasil. Neste ano de 2014, ano de eleição e de Copa do Mundo FIFA no Brasil, as pessoas ficam mais atentas ao que acontece no cenário político brasileiro. Fala-se sempre dos partidos e de seus políticos. Fala-se sobre o governo que nunca faz nada de concreto para o povo. Discursos de que precisamos mudar o governo, mudar os rumos da política governamental. Os mesmos discursos são repetidos nas redes sociais, nas rádios e nas televisões. Fala-se, fala-se, fala-se muito, mas nunca se para pra pensar no que realmente significa o termo "política". A palavra "política" (a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados) é derivada da palavra grega "politiké", cuja esta é derivada da palavra também grega "pólis" (que significa "cidade"). Já a palavra "político" vem de outra palavra grega, "politikós", que significa "dos cidadãos" ou ainda "pertencente aos cidadãos". A palavra política então significaria, em resumo, "cidade pertencente aos cidadãos". Ou quer dizer, uma "cidade feita com a participação dos cidadãos".
Agora acho que já temos um bom ponto de partida para analisar a política pela qual tanto se debate e se discursa nos dias de hoje. Podemos, através do significado original da palavra "Política", perceber que existe realmente uma grande dicotomia entre o significado da palavra e o ato de se fazer política no Brasil, e pelo visto no mundo todo. Pelo que se entende aqui nesta linha de pensamento podemos afirmar que a política está diretamente relacionada a organização, direção e administração das cidades pelos cidadãos. Mas o que vemos é que existem "governos" que acabam extrapolando o limite ético de se fazer política e tomam decisões sem o conhecimento do povo e, pior, sem o consentimento da população em geral. O povo, por outro lado, acaba se levando por séculos de distorção dos significados das palavras "política" e "político". Hoje em dia discutir sobre política entre o povo é ser tachado de "intelectual", de "metido". Ser político aqui no Brasil então, nem se fala! E estas discussões só acontecem de dois em dois anos, ou quer dizer, durante dois anos o povo não pensa em política, não discute política e, principalmente, não participa da política de sua cidade e do país. Então vamos nos perguntar: como se faz política sem políticos? Como se faz cidade sem o pertencimento dos cidadãos? Resposta: não se faz cidade sem a participação popular. O que acontece no Rio de Janeiro, no Brasil e no mundo é uma exclusão dos cidadãos nos acontecimentos e nas decisões políticas tomadas nas cidades. Não existe a "política" própriamente dita e sim uma "cidade curral" onde os cidadãos são tratados como é tratado um gado na fazenda, como animais a serenm gastos e que servem como moedas de troca, mão de obra barata, que não questiona e não participa ativamente das decisões políticas das cidades e do mundo. Só votar não é o suficiente!
É preciso que todos os cidadãos entendam que cada um de nós, cidadãos, fazemos parte sim do governo pois nós somos automaticamente "seres políticos" , e governantes, já que estamos inseridos e fazemos parte da cidade - seja ela uma cidade rural ou cidade urbanizada. Sem o cidadão, sem a participação do povo, sem a nossa participação não existe política e sim decisões arbitrárias tomadas por algumas pessoas que detêm a máquina governamental nas mãos através, agora sim, dos votos destes mesmos cidadãos que são excluídos das decisões que muitas vezes botam em risco os seus próprios direitos como tais. Isso se chama "Governo Fascista", e fascismo é crime! Saber em quem votar então se torna fundamental. Mas como eu já disse só o voto não basta. Falta exigir a participação dos cidadãos, exigir a nossa participação através de comissões populares que possam agir de forma efetiva e concreta nas decisões a serem tomadas dentro da política nacional, e mundial. Fazer plebiscitos para decisões importantes como privatização de estatais, reforma agrária e reforma urbana, nos fundos para a educação e cultural, na saúde entre outros. Fiscalizar as concessões nas áreas de transporte, comunicação e das obras de infra estrutura. Estes são uns dos exemplo onde a participação do povo é perfeitamanete possível mas que o cidadão comum ainda desconhece. É preciso saber e divulgar os diretitos e deveres de todos. Por enquanto o cidadão comum só sabe dos seus deveres básicos: acordar cedo, encarar o caos do trânsito em conduções lotadas, chegar sem atraso no trabalho, trabalhar bem, voltar pra casa, comer e dormir pra começar tudo de novo no outro dia. Os direitos são suprimidos.
Penso que não é esta a cidade que a maioria dos cidadãos do Rio de Janeiro querem. Penso que não é essa a política que a maioria dos cidadãos brasileiros querem. Então, vamos mudar. Mudar pra melhor. Vamos participar ativamente dos rumos da política brasileira. Não de dois em dois anos, mas, todos os dias. Vamos discutir em nossas comunidades as soluções para os problemas comuns. Nós podemos e nós devemos. Vamos não só pras ruas. Vamos também para as plenárias. Se não der nas plenárias, voltamos pras ruas! Vamos à luta!!!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Crônica de Gladiadores

Me peguei num momento de recordações - recordar é viver! - e por acaso me lembrei de um fato do meu tempo de escola quando um professor de física cometeu um pequeno erro de português, uma gafe no meio do texto do enunciado de uma questão física. Bem! Se fosse em outra situação talvez o pequeno erro passaria desapercebido, sairia na urina, mas estamos falando do último ano do ensino fundamental numa turma repleta de jovens iniciando a adolescência e com os hormônios aflorando - junto com a intolerância. Enfim, o erro foi apontado e a chacota foi inevitável. Me lembro que no meio dos gemidos generalizados o professor não absorveu bem as críticas. Ele acabou cedendo a pressão da turma e perdeu as estribeiras, o que acabou contribuindo até para a sua reavaliação junto à coordenação e à diretoria da escola. Acabei relacionando isso a um seriado de televisão bem famoso chamado "Spartacus - Sangue e Areia", o qual eu assiti. A Saga conta a história de um gladiador chamado Spartacus, um cidadão trácio que teve sua família destruída e acabou sendo escravizado pelo império romano. Por suas habilidades na arte da luta ele foi incorporado ao grupo de escravos gladiadores, que eram escravos vindos de regiões que sucumbiam ao poderio do exército romano e eram incorporadas ao império. Os gladiadores eram açoitados e treinados diariamente para serem mandados para a arena de luta e morrerem. Muitos eram jogados e ficavam a mercê de leões, tigres, carrascos e outros gladiadores para satisfazer o sadismo do público que lotava as arenas deste macabro espectáculo. A maioria destes gladiadores sucumbiam ao trágico destino que lhes eram oferecidos, mas outros sobreviveram, como no caso de Spartacus. E, num dado momento da história da Roma antiga, eles conseguiram se libertar em revoltas que ocasionaram na formação de legiões, legiões estas que depois acabaram se unindo e fazendo a grande "Revolta dos Bárbaros" que iniciou o declínio do império romano e futuramente a sua extinção, com as "Invasões Bárbaras" em Roma, acabando assim com aquele regime de opressão e centralização do poder do império romano. Assim como os gladiadores - eles existiram de verdade (inclusive o famoso Spartacus)! - os professores, principalmente nos colégios e escolas públicas, são deixados nas salas de aula com o mínimo ou nenhuma estrutura para oferecer uma educação de qualidade da qual o Brasil tanto precisa. Os professores têm que sobreviver com o mínimo de recursos e são jogados aos alunos famintos por educação, tendo a difícil tarefa de suprir a carência educacional de crianças e adolescentes brasileiros. Os professores que sobrevivem a estas duras tarefas e que acabam continuando as suas atividades dentro das salas de aula têm o importantíssimo papel de tentar revolucionar a capacidade intelectual, psicossocial, das crianças e adolescentes em sala de aula. Assim se torna necessário pensar além das cartilhas e dos modelos educacionais preestabelecidos de formas de conduta e criar uma geração de cidadãos com cabeças pensantes que contestem o falido sistema vigente e que, principalmente, sejam atuantes politicamente no cotidiano de nossa sociedade e assim equilibrar a balança social e inverter a pirâmide da desigualdade em nosso país, quiçá deixar-la quadrada (ou arredondar-la!). Os professores têm um papel fundamentalíssimo para as mudanças que devem ocorrer para a melhoria de nosso país e de todo o planeta. Agradeço a todos os meus professores de todas as instituições por onde passei - e aos professores das instituições que ainda passarei. Avante gladiadores!!!
Vai aqui um Blog bem interessante de uma amiga de minha jovem prima:

domingo, 12 de janeiro de 2014

Domingo no Parque

Nestes dias que iniciam o ano de 2014 pude perceber na minha rua, situada no Horto Florestal, o considerável aumento do fluxo de visitantes ao Parque Nacional da Tijuca em relação aos anos anteriores. Com isso também aumenta o risco de acidentes sejam nas estradas de acesso aos mirantes, sejam nas trilhas de acesso às cachoeiras. Para prevenir os riscos deveria haver uma maior fiscalização, um melhor apoio nas vias de acesso ao parque nacional da Tijuca com um trabalho de orientação e conscientização para com os visitantes e a coordenação e manutenção no transito de veículos dentro e fora do parque nacional da Tijuca. Mas infelizmente não foi o que presenciamos neste domingo. Mesmo com o fluxo intenso de pessoas e carros na região não houve uma presença proporcional, efetiva por parte dos órgãos responsáveis pela organização, fiscalização e manutenção da nossa cidade, o que ocasionou um grande distúrbio e preocupação. Um caminhão que descia a estrada enguiçou e ficou durante horas parado no meio de uma curva fechada na Estrada Dona Castorina, próximo ao portão de entrada do parque nacional da Tijuca, e não havia nenhuma equipe de agentes de transito no local do incidente. Como não chegara até então nenhum representante de nenhum órgão responsável pelo transito da cidade no local – percebam que o caminhão ficou parado na curva desde as 15:30 hs até pelo menos 17:00 hs - coube aos próprios funcionários da empresa do caminhão enguiçado tentar orientar o transito durante todo este período, sem nenhum equipamento de sinalização necessário numa situação dessas além de um triângulo na traseira do veículo e suas próprias mãos para sinalizar aos carros e pedestres que passavam pelo local do sinistro. Carros estacionados irregularmente nas curvas da estrada e nas portas das casas também trouxeram muito transtorno e desordem. Para reforçar a situação muitos visitantes se encontravam em dúvidas quanto à localização da “tão anunciada” cachoeira do Horto e dos mirantes do parque nacional da Tijuca, cabendo aos moradores da região do Horto Florestal orientar os visitantes sobre as direções das cachoeiras e conscientizá-los sobre os cuidados a serem tomados em cada trilha. Eu como morador do Horto Florestal percebo a falta de um olhar mais sensível dos administradores dos órgãos públicos e privados que estão envolvidos na promoção, organização e administração da cidade do Rio de Janeiro para uma melhor utilização dos patrimônios de nossa cidade por todos. Faz-se necessária uma maior conscientização do público visitante e dos administradores em questão para uma melhor utilização dos espaços na cidade. É dever de todos os governos, das autarquias, o fomento à utilização destes espaços assim como também é dever do governo e de todos desempenhar o papel de conscientizar e fazer valer os direitos e deveres dos cidadãos nesses espaços e fiscalizar o modo como estes espaços e patrimônios são utilizados e administrados. É preciso pensar a nossa cidade e o mundo com mais humanismo e respeito, mais “uno”. Dar participação a todos nas decisões dos caminhos a serem tomados pelo nosso país e pelo mundo para a manutenção de nosso planeta é fundamental. Para isso temos que começar aqui! Emerson de Souza Morador e Coordenador do Museu do Horto ( www.museudohorto.org.br )