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domingo, 12 de janeiro de 2014

Domingo no Parque

Nestes dias que iniciam o ano de 2014 pude perceber na minha rua, situada no Horto Florestal, o considerável aumento do fluxo de visitantes ao Parque Nacional da Tijuca em relação aos anos anteriores. Com isso também aumenta o risco de acidentes sejam nas estradas de acesso aos mirantes, sejam nas trilhas de acesso às cachoeiras. Para prevenir os riscos deveria haver uma maior fiscalização, um melhor apoio nas vias de acesso ao parque nacional da Tijuca com um trabalho de orientação e conscientização para com os visitantes e a coordenação e manutenção no transito de veículos dentro e fora do parque nacional da Tijuca. Mas infelizmente não foi o que presenciamos neste domingo. Mesmo com o fluxo intenso de pessoas e carros na região não houve uma presença proporcional, efetiva por parte dos órgãos responsáveis pela organização, fiscalização e manutenção da nossa cidade, o que ocasionou um grande distúrbio e preocupação. Um caminhão que descia a estrada enguiçou e ficou durante horas parado no meio de uma curva fechada na Estrada Dona Castorina, próximo ao portão de entrada do parque nacional da Tijuca, e não havia nenhuma equipe de agentes de transito no local do incidente. Como não chegara até então nenhum representante de nenhum órgão responsável pelo transito da cidade no local – percebam que o caminhão ficou parado na curva desde as 15:30 hs até pelo menos 17:00 hs - coube aos próprios funcionários da empresa do caminhão enguiçado tentar orientar o transito durante todo este período, sem nenhum equipamento de sinalização necessário numa situação dessas além de um triângulo na traseira do veículo e suas próprias mãos para sinalizar aos carros e pedestres que passavam pelo local do sinistro. Carros estacionados irregularmente nas curvas da estrada e nas portas das casas também trouxeram muito transtorno e desordem. Para reforçar a situação muitos visitantes se encontravam em dúvidas quanto à localização da “tão anunciada” cachoeira do Horto e dos mirantes do parque nacional da Tijuca, cabendo aos moradores da região do Horto Florestal orientar os visitantes sobre as direções das cachoeiras e conscientizá-los sobre os cuidados a serem tomados em cada trilha. Eu como morador do Horto Florestal percebo a falta de um olhar mais sensível dos administradores dos órgãos públicos e privados que estão envolvidos na promoção, organização e administração da cidade do Rio de Janeiro para uma melhor utilização dos patrimônios de nossa cidade por todos. Faz-se necessária uma maior conscientização do público visitante e dos administradores em questão para uma melhor utilização dos espaços na cidade. É dever de todos os governos, das autarquias, o fomento à utilização destes espaços assim como também é dever do governo e de todos desempenhar o papel de conscientizar e fazer valer os direitos e deveres dos cidadãos nesses espaços e fiscalizar o modo como estes espaços e patrimônios são utilizados e administrados. É preciso pensar a nossa cidade e o mundo com mais humanismo e respeito, mais “uno”. Dar participação a todos nas decisões dos caminhos a serem tomados pelo nosso país e pelo mundo para a manutenção de nosso planeta é fundamental. Para isso temos que começar aqui! Emerson de Souza Morador e Coordenador do Museu do Horto ( www.museudohorto.org.br )

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