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segunda-feira, 31 de março de 2014

Política: uma cidade para os cidadãos.

De dois em dois anos temos eleições regionais e gerais no Brasil. Neste ano de 2014, ano de eleição e de Copa do Mundo FIFA no Brasil, as pessoas ficam mais atentas ao que acontece no cenário político brasileiro. Fala-se sempre dos partidos e de seus políticos. Fala-se sobre o governo que nunca faz nada de concreto para o povo. Discursos de que precisamos mudar o governo, mudar os rumos da política governamental. Os mesmos discursos são repetidos nas redes sociais, nas rádios e nas televisões. Fala-se, fala-se, fala-se muito, mas nunca se para pra pensar no que realmente significa o termo "política". A palavra "política" (a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados) é derivada da palavra grega "politiké", cuja esta é derivada da palavra também grega "pólis" (que significa "cidade"). Já a palavra "político" vem de outra palavra grega, "politikós", que significa "dos cidadãos" ou ainda "pertencente aos cidadãos". A palavra política então significaria, em resumo, "cidade pertencente aos cidadãos". Ou quer dizer, uma "cidade feita com a participação dos cidadãos".
Agora acho que já temos um bom ponto de partida para analisar a política pela qual tanto se debate e se discursa nos dias de hoje. Podemos, através do significado original da palavra "Política", perceber que existe realmente uma grande dicotomia entre o significado da palavra e o ato de se fazer política no Brasil, e pelo visto no mundo todo. Pelo que se entende aqui nesta linha de pensamento podemos afirmar que a política está diretamente relacionada a organização, direção e administração das cidades pelos cidadãos. Mas o que vemos é que existem "governos" que acabam extrapolando o limite ético de se fazer política e tomam decisões sem o conhecimento do povo e, pior, sem o consentimento da população em geral. O povo, por outro lado, acaba se levando por séculos de distorção dos significados das palavras "política" e "político". Hoje em dia discutir sobre política entre o povo é ser tachado de "intelectual", de "metido". Ser político aqui no Brasil então, nem se fala! E estas discussões só acontecem de dois em dois anos, ou quer dizer, durante dois anos o povo não pensa em política, não discute política e, principalmente, não participa da política de sua cidade e do país. Então vamos nos perguntar: como se faz política sem políticos? Como se faz cidade sem o pertencimento dos cidadãos? Resposta: não se faz cidade sem a participação popular. O que acontece no Rio de Janeiro, no Brasil e no mundo é uma exclusão dos cidadãos nos acontecimentos e nas decisões políticas tomadas nas cidades. Não existe a "política" própriamente dita e sim uma "cidade curral" onde os cidadãos são tratados como é tratado um gado na fazenda, como animais a serenm gastos e que servem como moedas de troca, mão de obra barata, que não questiona e não participa ativamente das decisões políticas das cidades e do mundo. Só votar não é o suficiente!
É preciso que todos os cidadãos entendam que cada um de nós, cidadãos, fazemos parte sim do governo pois nós somos automaticamente "seres políticos" , e governantes, já que estamos inseridos e fazemos parte da cidade - seja ela uma cidade rural ou cidade urbanizada. Sem o cidadão, sem a participação do povo, sem a nossa participação não existe política e sim decisões arbitrárias tomadas por algumas pessoas que detêm a máquina governamental nas mãos através, agora sim, dos votos destes mesmos cidadãos que são excluídos das decisões que muitas vezes botam em risco os seus próprios direitos como tais. Isso se chama "Governo Fascista", e fascismo é crime! Saber em quem votar então se torna fundamental. Mas como eu já disse só o voto não basta. Falta exigir a participação dos cidadãos, exigir a nossa participação através de comissões populares que possam agir de forma efetiva e concreta nas decisões a serem tomadas dentro da política nacional, e mundial. Fazer plebiscitos para decisões importantes como privatização de estatais, reforma agrária e reforma urbana, nos fundos para a educação e cultural, na saúde entre outros. Fiscalizar as concessões nas áreas de transporte, comunicação e das obras de infra estrutura. Estes são uns dos exemplo onde a participação do povo é perfeitamanete possível mas que o cidadão comum ainda desconhece. É preciso saber e divulgar os diretitos e deveres de todos. Por enquanto o cidadão comum só sabe dos seus deveres básicos: acordar cedo, encarar o caos do trânsito em conduções lotadas, chegar sem atraso no trabalho, trabalhar bem, voltar pra casa, comer e dormir pra começar tudo de novo no outro dia. Os direitos são suprimidos.
Penso que não é esta a cidade que a maioria dos cidadãos do Rio de Janeiro querem. Penso que não é essa a política que a maioria dos cidadãos brasileiros querem. Então, vamos mudar. Mudar pra melhor. Vamos participar ativamente dos rumos da política brasileira. Não de dois em dois anos, mas, todos os dias. Vamos discutir em nossas comunidades as soluções para os problemas comuns. Nós podemos e nós devemos. Vamos não só pras ruas. Vamos também para as plenárias. Se não der nas plenárias, voltamos pras ruas! Vamos à luta!!!

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